Os três porquinhos
Era uma vez três porquinhos, um pobre, um rico e um remediado.
O porquinho pobre construiu sua casa de madeira.
Não tinha dinheiro para comprar tijolos.
Era só um velho colchão,
um fogareiro,
uma televisão velha,
os trapos,
o chão cru.
Quase nada.
O porquinho rico comprou uma casa de alvenaria. Linda.
Em condomínio fechado, com seguranças à porta.
Piscina, academia de ginástica, parques, salão de jogos, e até cabeleireiro.
Muro alto.
Quase tudo.
Então veio o fogo.
Uma vela, talvez.
Ou um bujão de gás...
O certo é que se espalhou pela favela,
carregando madeiras, criando pó,
levando tudo de quem não tem quase nada.
Não levou a casa do porquinho rico.
Ele continua entre seus muros,
enquanto o outro chora suas novas perdas.
Ah! Esqueci de falar do terceiro porquinho, o remediado.
Este não construiu nem comprou nada.
Paga o aluguel, fazendo contas no final de cada mês.
E finge não ver a crueza das diferenças.
Esta fábula foi inspirada em mais um incêndio na Comunidade Beira-rio, nos Coelhos. Em poucos minutos, o fogo levou tudo, pela quarta vez, a segunda apenas este ano.
O porquinho pobre construiu sua casa de madeira.
Não tinha dinheiro para comprar tijolos.
Era só um velho colchão,
um fogareiro,
uma televisão velha,
os trapos,
o chão cru.
Quase nada.
O porquinho rico comprou uma casa de alvenaria. Linda.
Em condomínio fechado, com seguranças à porta.
Piscina, academia de ginástica, parques, salão de jogos, e até cabeleireiro.
Muro alto.
Quase tudo.
Então veio o fogo.
Uma vela, talvez.
Ou um bujão de gás...
O certo é que se espalhou pela favela,
carregando madeiras, criando pó,
levando tudo de quem não tem quase nada.
Não levou a casa do porquinho rico.
Ele continua entre seus muros,
enquanto o outro chora suas novas perdas.
Ah! Esqueci de falar do terceiro porquinho, o remediado.
Este não construiu nem comprou nada.
Paga o aluguel, fazendo contas no final de cada mês.
E finge não ver a crueza das diferenças.
Esta fábula foi inspirada em mais um incêndio na Comunidade Beira-rio, nos Coelhos. Em poucos minutos, o fogo levou tudo, pela quarta vez, a segunda apenas este ano.
Comentários
Interessante o texto, e infelismente tão real.
"a sobrevivência em luta severa deixa em profunda espera a luz tardia da libertação"
Beijos
Dá um pulinho no MEUS TEXTOS, ficarei honrada.
beijos
simone
Já adicionei teus textos aos meus favoritos. De vez em quando, eu dou uma passadinha por lá. Um abraço. E apareça sempre por aqui.
Se der tempo, não poderia ser aproveitado no JB?
Abraço, Urariano.