Tempos sombrios
Está tudo tão escuro
que as sombras nos roubaram as palavras
E sequer enxergamos nossa dor
Enterraram-nos em um poço estreito
Calaram-nos a esperança no peito
Não há luz
Não há poesia
Não há cor
que as sombras nos roubaram as palavras
E sequer enxergamos nossa dor
Enterraram-nos em um poço estreito
Calaram-nos a esperança no peito
Não há luz
Não há poesia
Não há cor
Está tudo tão embaralhado
que os caminhos se confundem em desalento
E não sabemos que rumo tomar
Abandonaram-nos em um imenso deserto
Sequer sabemos onde é o longe e o perto
Não há estrelas
Nem horizontes
pra nos guiar
que os caminhos se confundem em desalento
E não sabemos que rumo tomar
Abandonaram-nos em um imenso deserto
Sequer sabemos onde é o longe e o perto
Não há estrelas
Nem horizontes
pra nos guiar
Nestes abismos de vazio e confusão
Os abutres constroem seu banquete
Com aquilo que perdemos por aí
nossa voz, nossa persistência
nossa esperança, nossa resistência
E o que nos faz
Ser capaz
De reagir
Os abutres constroem seu banquete
Com aquilo que perdemos por aí
nossa voz, nossa persistência
nossa esperança, nossa resistência
E o que nos faz
Ser capaz
De reagir
Quero ter forças pra gritar bem alto
como alguém que reage a um assalto
E vê surgirem outros
pra compartilhar a dor
Dor compartilhada é começo de revolta
E toda luta coletiva
é um ato de amor
como alguém que reage a um assalto
E vê surgirem outros
pra compartilhar a dor
Dor compartilhada é começo de revolta
E toda luta coletiva
é um ato de amor
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