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Mostrando postagens de novembro, 2007

Poema desenterrado

Estou suspensa sobre um abismo de fogo não posso olhar o céu não posso olhar o chão Estou suspensa sobre a boca do inferno Tenho sangue nos olhos e nas mãos

Pobreza tem cor

Algumas perguntinhas para você, de classe média, que diz que racismo não existe no Brasil: - Na escola particular de seu filho, quantos negros estudam? - E na faculdade onde você se formou, quantos havia de cor preta? - Nos bancos onde você guarda ou já guardou seu dinheiro, quantos gerentes dessa etnia? - E nos restaurantes que você frequenta, eles sentam à mesa, junto com os clientes? Ou estão na cozinha, a preparar o peixe e lavar a louça onde você comeu?

A descoberta da leitura

Ela ainda tateia as letras. Cada um daqueles sinaizinhos é uma mágica, uma descoberta. Ela junta o quebra-cabeça. Tropeça nas palavras. Se irrita. Recomeça.