Todo ano igual: ela sonhava que passava direto do dia 30 de dezembro para primeiro de janeiro. Nada de reveillon. , Nada de champagne, vinho, roupa branca, praia, família, família, família...
Ela caminha só: pés descalços que se enterram na areia. Seu olhar absorve cada pequeno ser em seu silêncio. O rodopio das nuvens a se esfumarem na imensidão azul.
Prometi a mim mesma que hei de escrever ao menos uma vez por semana... É que sei que as palavras precisam ser alimentadas. São pássaros, asas abertas para o infinito.
Esta carta vai endereçada aos governantes que acham que, para administrar bem, basta abrir avenidas, construir grandes equipamentos públicos e aquecer a economia.
Eu não preciso de flores.Nem presentes. Perfumes. Jóias raras. Vinhos ou bombons. Preciso das tuas mãos macias. Teu cheiro, teu calor e tuas segundas intenções
O garoto no Homem da Meia Noite: negro como aquela que empresta seu manto de estrelas para passar o bloco das multidões. O garoto no Homem da Meia Noite: os cabelos pintados de sol, abrindo clarões em sua escuridão e o sorriso a iluminar-lhe o rosto - um toque de inocência na rebeldia adolescente.
Este poema foi inspirado em uma figura lendária: Lampião. Não o Lampião cangaceiro, anti-herói do sertão. Falo de um Lampião moderno, não menos valente. Falo daquele cangaceiro que passeia pelas ruas, bares e mercados do Recife, vendendo cordéis, cantando e brincando.