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Mostrando postagens de julho, 2009

Das aprendizagens

Xande está aprendendo abraços. O menino esquivo, que sonha ter uma arma e chuta cadeiras e gentes, já se deixa beijar. E chega junto, como quem não quer nada, a alma sedenta de carinho.

Revoada

Houve um tempo em que as palavras escapavam de mim como pássaros. Nem o papel os prendia.

Conto no escuro

Maria Helena conhecera a luz elétrica quando tinha 12 anos de idade. Hoje, mais de dez anos depois, seus olhos farejavam abismos, acostumados aos insondáveis da noite. Como felina, ela vagava pelas ruas escuras, tecendo manhãs. 

Sobre a imensa família coral

Ser torcedor do Santa é uma dádiva e uma lição. É tirar fôlego de cada queda para ressuscitar a esperança. É dar asas à fênix, para ir das cinzas às nuvens. É costurar no coração a camisa coral.

O palavrão é codinome da beleza

(Estas palavras vão para Biaggio e Cleyton, pelos deliciosos comentários do último post) O palavrão é o avesso da hipocrisia. Sombra-reflexo da humanidade: no cru, no grotesco, na sua face mais verdadeira.