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Mostrando postagens de julho, 2010

Aurora

Chamava-se Aurora. Mas, a despeito do nome, nada tinha que lembrasse o alumbramento do sol quando rompe a manhã. Menos ainda que se parecesse com aquela moça por 100 anos adormecida. Pelo contrário. Nenhuma fada jamais lhe brindara com o dom da beleza. Desde sempre fora conhecedora de sua própria face e sabia que estava muito mais próxima da Moura Torta que da princesa.

À espera do azul

Hei de acordar azul e meu verso será como sorriso de criança. Mas hoje, não.

Minha alma na bandeija

Andarei descalça. Apesar das feridas e cicatrizes que me marcam a sola dos pés. Apesar das pedras, dos cacos, dos espinhos, dos buracos. Não vestirei sandálias nem anéis.

Rasgos

Um rasgo no céu risco no papel e as estrelas cadentes singram o ar e estrelas decadentes sangram no altar poemas são acrobacias de palavras deserdadas!

Para uma amiga especial

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Por que eu não sei o que escrever quando penso nela, e no entanto é uma amiga tão especial? Por que as palavras falham, a voz não grita e o coração fica parado em uma imagem e um sorriso? Deve ser, Edivane, por que você é sempre aquele ponto na frase, que parece completar o que gagueja.