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Mostrando postagens de julho, 2011

O coelho de Rita

Nenhuma criança da cidade conhecia a origem do coelho. Estivera ali, desde sempre. Como uma árvore centenária: parado, quieto, olhos plantados no chão. Vivia solto entre as plantações, mas não ousava roer uma única cenoura, um único pé de alface.

Encontro

Um elevador. Dentro, uma senhora, elegantemente vestida, com blaiser, calça de linho e sapato de salto alto. E uma empregada doméstica, com trajes mais simples e sandálias de dedo.

Dois minutos

No centro do palco, foco em um ator, que aponta os dedos em riste para a plateia, como se fosse uma arma, enquanto conversa em um celular fictício.