Emprestem-me um pouco de azul...


As vezes
um cinzento na garganta
uma inércia na alma
um oco no mais fundo de mim...
Procuro em vão as razões do abismo
Não há razões.


A vida me foi generosa
Mas encheu-me de graças
num mundo vazio de dádivas
Carrego a culpa de ser feliz
onde imperam as sombras.

Gosto mesmo é dos sorrisos dos que nada tem
e, mesmo assim, pintam a alma de azul.
É este azul que quero emprestado para molhar meus olhos...

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