Minha cidade
Eu quero ver o céu
E que a cidade me abrace com seu mangue
sem que esta lama se transforme no sangue
que escoa sob as Torres de Babel
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
E que a cidade me abrace com seus rios
sem os palácios de concreto que vendem sonhos vazios
desejos pra quem pode pagar
Eu quero ver os velhos
e as crianças
E que a cidade me abrace com sua história
de paisagens que guardam muitas memórias
e um futuro que não enterra lembranças
Eu quero ver
este carnaval
E que a cidade me abrace com seus moradores
Todas as classes,
todas as cores
Gente que se mistura, como água e sal
Eu quero ver as ruas
coloridas
De gente que canta, que sonha, que passa
De crianças que brincam na praça
Eu quero ver a vida!
Eu quero ver a vida!
(Foto: Direitos Urbanos)
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