Quando tudo ruir


Quando tudo ruir, restarão as pedras
A terra seca sob estrelas que queimam
E braços cansados que ainda teimam
Em recomeçar
Mas se ruírem os sonhos, apenas o abismo
Buraco negro que tudo consome
Pior do que a dor, pior do que a fome
Nada restará...

Devolvam-me as palavras, meus pássaros fugidios
Que um dia já cantaram em minha mão
Sem eles, há um oco na alma
Como fome que não passa
Como um sopro no coração

É preciso reinventar a esperança
O gosto de estar juntos
E acreditar
Quando a vida atropela as utopias
Resta apenas a sucessão dos dias
Nada mais a criar...
E quando tudo vai abaixo
Não há braços que se juntem
Pra recomeçar.

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