Tragada pelas horas
O tempo nos talha,
atropela,
atrapalha.
atropela,
atrapalha.
trabalho trabalho trabalho
trabalho trabalho trabalho
durante estes dias de silêncio,
meus dedos viram teclas,
autômatos,
e emparedam as palavras vivas em meu peito.
O tempo vira relógio:
seus ponteiros são flechas
apontam para o que é verbo em mim
e os dias passam como avalanche,
tragada sou por uma rotina de letras murchas.
Comentários
Ufa! Amansa aí, que o bicho é bonzinho também.
Bom ver você de volta.
Abraço.
Magna
Obs.:Fabiana, você me disse algo que eu não ousava falar, mas eu confesso, também pensei sobre o livrinho infantil, pensei até numa peça teatral...eu sou mesmo uma sonhadora!
Ah, amei o poema da tua filha. Criança sabe mesmo das coisas.
Assim como você, também andei, ou ainda ando, apanhando do tempo, por isso, escrevo quando posso, sem ansiedade.
Mas desejo, assim como você, tomar as rédeas do tempo, um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho.
Bom tê-la de volta. E de volta em volta, a escrita torna-se um hábito.
Dimas Lins