Escravo da vida

Para viver de sua arte, ele precisa matar a arte em si.
E me liga, triste. Não consegue dar conta do tempo que lhe falta.
Saudade de quando as queixas eram pelas passagens de ônibus que faltavam. De quando era possível ler, criar, trabalhar em grupo, estudar, ou "perder" tempo.


Para viver de sua arte, ele precisa multiplicar-se.
E aquilo que lhe dá sentido à vida, vai minguando aos poucos.

Assim se destroem os sonhos, com a força da realidade e a necessidade da sobrevivência. Assim se destroem os grupos.

Não será melhor dar um soco na realidade e passar um pouco de fome?
O que é pior: a fome de pão ou a fome de espírito?

Não sei que conselhos te dar, meu amigo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Gritos de Gaza

Mais que chocolates...