Não quero ser apenas palavras bonitas

Não.
Eu não quero.
Não quero ser apenas palavras bonitas.
Não quero escrever apenas belos poemas.
Quero que minha escrita seja como um grito,
e que mostre o mundo no que ele tem de belo e infame!!!

Quero que minha palavra sangre,
como os meninos mortos pela guerra do tráfico.
E também faça sangrar quando necessário.
Quero poder abrir todas as janelas
das famílias que se enclausuram em seu mundo de sonhos e medos.
Quero abrir minhas próprias janelas
para perceber a dor que não é minha,
e deixá-la transbordar,
como lágrimas que escorrem sob as palavras.
Declaro, aqui, minha eterna adesão à causa comunista.
Serei sempre contra os que defendem a vida como mercadoria.
Serei sempre contra os que pensam o mundo como competição.
Declaro, aqui, minha admiração pelos pequenos militantes de todo dia:
os que fazem sua revolução sem holofotes,
nas periferias,
nas escolas,
nos lares.
A partir de agora, em tudo o que lerem de Luna Freire
haverá muito mais do que as palavras.
Haverá a vontade imensa de um outro mundo,
outra ordem,
outro pensamento.

Comentários

Carlos Maia disse…
Puxa, Luna, é também exatamente o que eu penso, o grito dos menos favorecidos não pode jamais ser excluído!

Vamos lutar por um mundo melhor para os nossos filhos, netos e bisnetos. Muito provavelmente não verei esta mundança, mas faço questão de plantar e regar esta semente!

Grande Abraço!
Cleyton Cabral disse…
Deus já sabia de tudo. Eu já sabia de tudo. Todos precisam saber. Beijos e te gosto mais a cada dia, a cada texto, a cada encontro.

beijão Lu. 9"O meu nome não é Lucianaaaaaaa!")
Luna, passou-se uma eternidade para que eu conseguisse voltar a escrever em meu blog. Esse maldito corre-corre do cotidiano... Pois só agora vejo a visita que me fizeste! E o puxão de orelha para que eu voltasse a "poetar".
Bom, só assim pude conhecer este teu recanto. E, de cara, saber que temos algo fundamental em comum: somos comunistas.
Aliás, sou sociólogo por profissão e em meu doutorado pesquiso o tal "socialismo do século XXI".
Magna Santos disse…
Palavras-pontes nunca foi só palavras bonitas. Aqui está um diferencial: são pontes para corações, para pessoas, para os excluídos.
Às vezes, a inspiração muda de nome e passa a se chamar indignação. Alguns bradam com ela, outros choram, outros tantos lutam, alguns pintam cenas e cores. Mas, há uns que fazem todas essas coisas. E talvez seja aí que alguns mundos se modifiquem.
Beijos.
Magna

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