Não quero ser apenas palavras bonitas
Não.
Eu não quero.
Não quero ser apenas palavras bonitas.
Não quero escrever apenas belos poemas.
Quero que minha escrita seja como um grito,
Quero que minha palavra sangre,
como os meninos mortos pela guerra do tráfico.
E também faça sangrar quando necessário.
Quero poder abrir todas as janelas
das famílias que se enclausuram em seu mundo de sonhos e medos.
Quero abrir minhas próprias janelas
para perceber a dor que não é minha,
e deixá-la transbordar,
como lágrimas que escorrem sob as palavras.
Declaro, aqui, minha eterna adesão à causa comunista.
Serei sempre contra os que defendem a vida como mercadoria.
Serei sempre contra os que pensam o mundo como competição.
Declaro, aqui, minha admiração pelos pequenos militantes de todo dia:
os que fazem sua revolução sem holofotes,
nas periferias,
nas escolas,
nos lares.
A partir de agora, em tudo o que lerem de Luna Freire
haverá muito mais do que as palavras.
Haverá a vontade imensa de um outro mundo,
outra ordem,
outro pensamento.
Comentários
Vamos lutar por um mundo melhor para os nossos filhos, netos e bisnetos. Muito provavelmente não verei esta mundança, mas faço questão de plantar e regar esta semente!
Grande Abraço!
beijão Lu. 9"O meu nome não é Lucianaaaaaaa!")
Bom, só assim pude conhecer este teu recanto. E, de cara, saber que temos algo fundamental em comum: somos comunistas.
Aliás, sou sociólogo por profissão e em meu doutorado pesquiso o tal "socialismo do século XXI".
Às vezes, a inspiração muda de nome e passa a se chamar indignação. Alguns bradam com ela, outros choram, outros tantos lutam, alguns pintam cenas e cores. Mas, há uns que fazem todas essas coisas. E talvez seja aí que alguns mundos se modifiquem.
Beijos.
Magna