Margaridas
Não é deste Brasil que vos falo:
das menininhas com seus piolhos,
bocas e pernas feridas...
Nem dos jovens de olhos perdidos
privados de si
e da vida
Não.
Eu falo do Brasil das Margaridas!
Não falo dos pés que mergulham na merda
dos esgotos que passeiam nos lares
das mulheres esbofeteadas
ou dos santos, em seus altares
Nem mesmo dos vermes
na barriga da criança
ou dos bandidos
com dinheiro pra fiança
Não.
Eu falo do Brasil da esperança!
E a esperança não sai na TV.
Comentários
Além do fato de teres uma poesia que anuncia, enuncia (e também denuncia). Lindo poema, Luna!
Beijinhos!
;)
Aqui a gente pode ter esperança, por que é permitido sonhar.
Estás cada vez melhor criando pontes com as palavras.
Dimas
Enquanto isso, segue-se a marcha e tuas palavras tão necessárias.
Dá até para ver tu as lendo de tão contundentes. (leva este no próximo encontro)
Beijo.
Magna