Didiinha

Em que espelho te miras,
minha menina crescida?
se na rosa mais bela
vês só o espinho. E a ferida...


Em que espelho te miras,
minha irmã, minha menina?
que só vês a escuridão,
na noite que se ilumina...

Para sempre,
toda vida,
serás minha irmãzinha
a que brincava comigo,
de boneca,
de casinha.
Que contava de seus medos,
fantasmas,
sonhos de horror.
e revelava segredos
de solidão
e de dor...

Queria ter o poder
de te tirar da escuridão
em vão te estendo meus braços
e te ofereço minha mão.
É que a venda de teus olhos
ninguém mais pode tirar.
Em que espelho te miras, irmãzinha?
Que não vês a vida bailar...

Comentários

Magna Santos disse…
Eita danada pra escrever bem!
Emocionante, Fabiana! Não conheço Didiinha e conheço. Sei bem dela.
Creio que até daqui, pois já escreveste sobre ela, ou não?
Talvez a Didiinha não se mire, Fabiana. Talvez ela não se mire. Porque se se mirasse, veria tudo isso que tu vês e se apaixonaria.
Beijão!
Magna
Canto da Boca disse…
Depois desse belo poema, Diinha terá olhos brilhantes, como os meus; terá alma flutuante, como a minha.

Lindo, lindo, Luna!

Beijos!
Dimas Lins disse…
Ah, Dindinha! Depois de um poema lindo desse, sai do casulo e vem ver o mundo brilhar.

Lindo e tocante.

Dimas

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