Noite
Há várias noites espero que a lua me indique o caminho.
E não há nada.
A noite chega e se vai sem um único raio que me ilumine.
Agarrei-me,
em minha insônia,
à cauda de uma estrela cintilante.
Mas ela girou,
girou,
e devolveu-me ao abismo no qual estou suspensa.
Não há lua em minha noite.
E meus caminhos não amanhecem.
Qual Penélope transfigurada,
teço e desteço,
noite após noite,
cada fio de meu destino.
O desmantelo de meu mundo não me ofertou novos caminhos,
só o vazio,
a repetição autômata das mesmas teclas,
a vontade de fugir e os pés atados ao chão.
Há várias noites espero que a lua me indique o caminho.
E não há nada.
Comentários
Sem dúvida é uma vivência angustiante, comum a todos nós. É bom quando o dia chega.
Beijo.
Magna
Obs.:muito obrigada, Fabiana, pela palavras em Sementeiras.